PREFEITURA DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ

Evento, que envolveu alunos do 1° ao 5° ano, contou com a presença da líder da comunidade quilombola do Morro do Boi

O Centro Educacional Municipal (CEM) Ariribá promoveu nesta sexta-feira (28) a Mostra Ariribá de Educação das Relações Étnico-Raciais. Ao longo do dia, alunos do 1º ao 5º ano participaram de mesa redonda, contações de histórias e apresentação de trabalhos feitos no semestre letivo que tratam de temas relacionados à diversidade étnica e cultural brasileira.

“É o momento de mostrar para a comunidade, para a escola, o que a gente produziu, o que os professores produziram junto com os alunos e os estudantes terem essa troca de experiências. O trabalho é todo interdisciplinar: trabalhamos com os professores de Leitura, Arte e Educação Física, além dos regentes de cada turma”, explica o professor de Educação Física e um dos organizadores da Mostra, Jonathan Stroher.

Um dos pontos altos do dia foram as duas ocasiões (período matutino e vespertino) em que as crianças puderam ouvir a líder da comunidade quilombola do Morro do Boi, Sueli Marlete Leodoro. Na oportunidade, a convidada discorreu sobre os saberes ancestrais e a importância de uma educação antirracista na escola.

“É importante ensinarmos para as crianças desde cedo a questão da diversidade, do racismo e do preconceito. Eu acho que eventos do tipo devem ser feitos desde cedo. Não é só abordarmos o assunto no dia 20 de novembro, mas o ano inteiro fazer esse trabalho com as crianças. Porque se a gente estuda a cultura alemã, a cultura italiana, por que não a cultura do negro, samba, reggae, da umbanda? Eu acho que tudo isso é inclusivo”, disse.

No auditório do CEM, uma árvore baobá feita de pano embelezou o cenário. O baobá tem origem africana e tem a capacidade de armazenar água em seu tronco, representando forte significado cultural. As crianças também puderam aprender mais sobre símbolos como a abayomi, boneca feita de tecido que representa a valorização da identidade negra.

Além da pesquisa e mostra dos relatórios dos trabalhos feitos, os alunos tiveram espaço para brincadeiras que exploram um pouco mais das culturas trabalhadas. “Nós tivemos momentos interativos de brincadeiras em que as crianças utilizaram tabuleiros africanos, arco e flechas, zarabatana e construção de bonecas abayomi”, completa o professor Jonathan.

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Informações adicionais:

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Texto: Beatriz Nunes
Fotos: Beatriz Nunes
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