12.05.2025 - 15:13h
Fibromialgia: data reforça a importância da conscientização
Nesta segunda-feira (12), é celebrado o Dia Nacional de Conscientização da Fibromialgia, data instituída pela Lei nº 14.233/21 para chamar a atenção para o tema. Em Balneário Camboriú, a data é reforçada pela lei municipal nº 4.157, de julho de 2018. Silenciosa e invisível, a síndrome muitas vezes é de difícil diagnóstico e vista com preconceito, reforçando a importância de abordar o assunto junto à sociedade.
A doença provoca dores por todo o corpo, especialmente nos músculos e tendões. Além da dor, ela pode causar fadiga, dificuldades para dormir, ansiedade, problemas de memória e atenção, cansaço excessivo e até depressão. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a síndrome afeta cerca de 2,5% da população mundial.
A servidora pública de Balneário Camboriú, Adriana Trindade Camargo, 53 anos, faz parte desta estatística. Com dores desde a adolescência, ela foi diagnosticada com a doença em 2010 e posteriormente em 2014, mas somente agora aceitou o diagnóstico. "Na verdade, ainda tenho um pouco de dificuldade em aceitar e insisto na realização de exames. O mais difícil foi lidar com o preconceito, inclusive dos profissionais da saúde, por isso demorei para aceitar e me tratar", desabafa.
Ela diz que para enfrentar a síndrome buscou apoio na Associação Fibromialgicos Borboletas de Santa Catarina (AFSC), da qual ela passou inclusive a fazer parte. "Foi onde eu aceitei e percebi que não sou uma folgada, pois o que mais ouvimos das pessoas é isso, que somos preguiçosas", lamenta.
E é justamente para quebrar este paradigma e conscientizar as pessoas que a data foi criada. Para disseminar informações, a secretaria de Saúde está promovendo, nas salas de espera das Unidades Básicas de Saúde (UBS) conversas sobre o tema. A intenção é esclarecer a comunidade sobre a síndrome. Também está prevista a realização de uma palestra para abordar o assunto. O evento será no dia 30 de maio, às 14h30min, na Câmara de Vereadores, aberto ao público em geral.
"A falta de informação sobre a fibromialgia pode causar diversos problemas, incluindo preconceito, dificuldades no diagnóstico e tratamento, e um impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes. Por isso é importante falarmos sobre o assunto", ressalta o enfermeiro do Departamento Técnico de Apoio e Assistência, João Vitor Miranda Moreira, responsável pela linha de cuidados dos idosos e doenças crônica. Hoje, segundo dados da secretaria de Saúde, são 831 pacientes diagnosticados com Fibromialgia na rede municipal.
Ele lembra que os pacientes diagnosticados com a síndrome possuem direito ao atendimento preferencial tanto em órgãos públicos quanto nas empresas privadas. "Para isso, é preciso fazer a carteirinha de identificação", ressalta. O documento pode ser solicitado, mediante apresentação de laudo médico, no laboratório de Especialidades, para pacientes com menos de 60 anos, ou no Núcleo de Apoio ao Idoso (NAI), para quem tem mais de 60.
Grupo de apoio
Em março deste ano, teve início um grupo de fibromialgia na UBS do bairro Ariribá. Os encontros acontecem semanalmente, sob supervisão da fisioterapeuta Sharlendra D’Avila Bida. “Estamos agora estudando a implantação deste grupos nas demais unidades do município", afirma João Vitor.
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Texto: Kassia Dalmagro
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