01.02.2016 - 14:06h
Ruth Cardoso trabalha empoderamento da mulher durante parto
Com enfoque em partos humanizados, assim como recomenda o Ministério da Saúde (MS), o Hospital Municipal Ruth Cardoso (HMRC) enfatiza o protagonismo da mulher durante todo o processo do nascimento. Neste cenário, é, então, ofertado o empoderamento que é de direito, bem como a assistência voltada à conversa de igual para igual.
Qualquer gestante que procurar uma das portas de entrada da unidade será encaminhada ao Centro Obstétrico (CO) para avaliação. Se a bolsa já estiver rompida, a paciente é automaticamente internada. Caso isso não tenha acontecido, os profissionais verificam se há a necessidade de internação ou não. Deste momento em diante, durante todo o pré-parto, enfermeiras obstétricas estabelecem um contato linear. Orientações como a de caminhar pela ala, ficar mais tempo em posições verticalizadas e permanecer em baixo do chuveiro, de água quente corrente, são repassadas às futuras mamães. Por ser de caráter humanizado, é da mulher o direito de escolha.
“É a paciente que escolhe quem vai acompanhá-la, como vai ser”, comenta Luciane Silva da Rosa, coordenadora do CO. “As contrações são seguidas e mais fortes durante o trabalho de parto. A água quente, por exemplo, estimula o processo e serve como conforto. Além de todas essas orientações, é ofertada alimentação e sempre aconselhado a ingestão de líquidos. Tudo em vista de um nascimento mais tranquilo”, enfatiza.
É possível afirmar, sobre o momento fatídico em si, que mães de primeira viagem podem se chocar. “Muitas mulheres dão à luz agachadas, de cócoras. Outras de joelho, sobre a cama, agarradas na cabeceira. Ou até no chuveiro. Todas em posições verticalizadas que facilitam o processo”, reforça Luciane.
O parto humanizado, além de viabilizar à mulher o direito de decisão pelo seu próprio corpo, garante que elas não se submetam à procedimentos sem evidência cientifica ou a violência obstétrica. “Parto é fisiológico, não patológico. Deixar a paciente em jejum, realizar corte no períneo ou fazer lavagens intestinais são exemplos de atos reprováveis e que não acontecem nesse tipo de nascimento”, pontua Dalni Leontina Pereira, coordenadora de enfermagem do hospital.
Daiane Keppe, moradora de Itapema, em avaliação na maternidade do HMRC até a publicação deste release, passou por todo o processo e considera o parto do seu segundo filho mais tranquilo do que o primeiro. “Não tive medo, acabei tendo o bebê na sala de pré-parto mesmo. Só conseguia pensar em ver meu filho e, claro, que a dor acabasse”, brincou.
Hoje em dia, os partos são definidos de formas distintas, no qual também se inclui o humanizado. Os demais podem ser categorizados como normal; cesariana, para casos que necessitem de intervenção cirúrgica; e natural, sem aviso prévio ou preparo.
Situações incômodas são comuns em alguns casos
Algumas situações são comuns em alguns nascimentos. Dentre as que valem a ressalva estão a fratura acidental da clavícula dos bebês e a defecação, por parte das gestantes. O primeiro caso é justificado, por exemplo, pelo giro que a criança faz durante o momento que está saindo da vagina, pelo fato da mulher ter fechado as pernas nesse meio tempo ou até em razão do tamanho dos ombrinhos do recém-nascido. São poucas as vezes que isso acontece e a cicatrização é fácil, de semanas.
Defecar durante o trabalho de parto já é mais comum. Por forçarem a saída do bebê, as gestantes, em alguns nascimentos, expelem fezes também. Isso é normal, em razão da criança precisar de espaço para se mexer, e não há porque ter vergonha.
Quase 160 partos normais em menos de um mês de 2016
Nos primeiros 26 dias do corrente ano, 159 partos normais e humanizados foram realizados no Ruth Cardoso. Em 2015, de acordo com o Serviço de Arquivo Médico e Estatística (SAME), o número chegou à 1.724, o que corresponde à 70,5% do total de 2.444.
Mais informações no HMRC pelo telefone (47) 3169-3700.
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Texto e fotos: Thiago Julio (estagiário)
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