25.08.2025 - 14:04h
Santa Catarina inicia liberações de mosquitos Aedes aegypti com a Wolbachia para o combate à dengue
Tecnologia natural, autossustentável e segura conta com financiamento do Ministério da Saúde e além de Balneário Camboriú será implementada também em Blumenau e expandida em Joinville
Os municípios de Balneário Camboriú e Blumenau iniciam, oficialmente, nesta semana a implantação do Método Wolbachia, uma tecnologia natural, autossustentável e segura para a redução da transmissão de doenças como dengue, Zika e chikungunya. Já a cidade de Joinville, que adota o método desde 2024, está expandindo os trabalhos para novas regiões. A iniciativa é uma parceria entre o Ministério da Saúde, por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), além dos governos locais de Santa Catarina e dos três municípios, como parte da Estratégia nacional de enfrentamento das arboviroses.
O lançamento oficial das liberações acontece nesta terça-feira (26), às 14h, no município de Joinville. A soltura dos mosquitos inicia no dia seguinte e, em BC, a liberação começará pelos bairros Nações e Ariribá. O processo se repetirá ao longo de 26 semanas, com solturas sempre às terças e quintas-feiras na primeira hora da manhã.
Importante ressaltar que uma pesquisa prévia às liberações realizadas nos três municípios indicou que a grande maioria das pessoas aprova a implantação da tecnologia, e no caso de Joinville a ampliação, demonstrando confiança na ciência e disposição em colaborar com a iniciativa.
“A chegada do Método Wolbachia é um reforço fundamental na proteção da nossa população. Essa é uma estratégia segura para as pessoas, animais e meio ambiente, que vem somar junto às ações de prevenção já adotadas”, ressalta a secretária de Saúde de Balneário Camboriú, Aline Leal. Ela reforça que o enfrentamento à dengue é um desafio constante e que, neste sentido, adotar ferramentas de prevenção são essenciais. “Estamos muito felizes por BC ter sido contemplada com o método e confiantes no resultado”, pontua.
O método utiliza mosquitos Aedes aegypti que carregam a Wolbachia, uma bactéria naturalmente presente em mais da metade dos insetos da natureza, como abelhas e borboletas. Quando os mosquitos com Wolbachia se reproduzem com os mosquitos locais, transmitem a bactéria para seus filhotes. E assim acontecerá de forma contínua, não sendo necessária nova liberação de insetos, por isso o método é autossustentável. Com o tempo, a maioria dos mosquitos da região passa a ter Wolbachia — reduzindo significativamente a transmissão dos vírus, e protegendo a população de
forma ininterrupta.
“A continuação da implementação do Método Wolbachia em Santa Catarina representa um ganho para toda a população dos três municípios, que vem enfrentando alta transmissão de dengue nos últimos anos”, afirma a vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Priscila Ferraz. A implementação do Método Wolbachia como estratégia complementar às atividades desenvolvidas pelos municípios reforça a parceria entre o Ministério da Saúde e a Fiocruz, junto aos governos locais, na consolidação de novas estratégias para redução dos casos de dengue e outras arboviroses.
Os estados e prefeituras são parceiros da implantação do método, fornecendo agentes locais, além de insumos necessários para operacionalização da produção e trabalho de campo. A Wolbito do Brasil atua com o desenvolvimento das atividades relacionadas à metodologia, incluindo a
produção, em larga escala, dos ovos dos mosquitos.
“Os três municípios dão um passo importante no enfrentamento da dengue, com uma solução que é natural, segura e autossustentável. A parceria entre as diversas instituições responsáveis pela iniciativa reforça o compromisso com a saúde pública e com o uso de tecnologias baseadas em evidências”, afirma Luciano Moreira, CEO da Wolbito do Brasil.
A tecnologia do Método Wolbachia é respaldada por estudos científicos nacionais e internacionais, e já foi implementada com sucesso em diversas cidades do Brasil e do mundo, sempre com reduções expressivas nos casos de arboviroses. Em Niterói, no Rio de Janeiro, por exemplo, os mais recentes dados preliminares apontam redução de 88,8% nos casos de dengue.
O método é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e passou a fazer parte das políticas públicas de saúde do Brasil, com autorização da Anvisa. É uma ação complementar a outras de enfrentamento à dengue. E a população continuará tendo papel fundamental no processo, devendo manter os cuidados tradicionais contra o Aedes aegypti e colaborando com os agentes da iniciativa.
Para saber mais sobre o Método Wolbachia e acompanhar o avanço da iniciativa nos municípios,
acesse: @wolbitodobrasil
Sobre a Wolbito do Brasil
A Wolbito do Brasil é a maior biofábrica de Wolbitos (Aedes aegypti com Wolbachia) do mundo e tem como missão ajudar a proteger a população de doenças como dengue, Zika e Chikungunya. Atua com o Método Wolbachia, presente em diversos países, iniciado no Brasil pelo World Mosquito Program (WMP) em 2014. A empresa é um desdobramento estratégico do WMP, em parceria com o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), para consolidar e expandir a implementação do Método Wolbachia no país, garantindo sua sustentabilidade e impacto em larga escala.
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Texto: Kássia Dalmagro
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